domingo, 14 de setembro de 2008

Sobre a Entrevista do General Andrade Nery


Conforme havíamos dito na postagem inicial intitulada "Mercenários da Blackwater já Operam no Brasil", tentamos uma forma de contato com o General Andrade Nery para que ele fornecesse maiores detalhes sobre as afirmações que faz na sua entrevista. Foi enviado email ao Centro de Estudos Estratégicos da Escola Superior de Guerra na esperança de que este órgão pudesse fornecer um meio de contatarmos o General Nery, uma vez que o referido Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos (CEBRES), entidade não vinculada à ESG, não fornece qualquer meio de contato via Internet.


Talvez por não fazer o General Andrade Nery parte do CEE-ESG, não obtivemos qualquer tipo de resposta ao email enviado, o que nos obrigou a extensa e minuciosa pesquisa na web a fim de inserirmos dados e fatos que corroborassem (ou não) as denúncias do Oficial General, uma vez que não é de praxe no Projeto S.I.L.I. a publicação pura e simples de notícias sem que sejam devidamente fundamentadas em informações possíveis de serem obtidas na web.

Passamos, então, a descrever o que foi encontrado (ou não), bem como a comentar o que acharmos pertinente comentar:

Sobre o General Andrade Nery

Como dito, não é encontrada referência no site do CEBRES ao General como "coordenador de ensino e pesquisa", a não ser em seminários realizados pela entidade, mas como o site é muito pouco informativo não é posta em dúvida tal função. Na ESG não há menção do General Andrade Nery no quadro do CEE.

Surpreendentemente, foram encontradas algumas referências ao militar como sendo integrante de uma facção de militares de esquerda, conhecidos na época do regime militar como "militar melancia" (verde por fora, vermelho por dentro), como afirma, em 2006, o Cel Ex Ref José Luis Sávio Costa, no site Mídia Sem Máscara:

"Neste “imbróglio” está incluída uma facção militar hoje representada pelo General Andrade Nery, de difusa coloração ideológica, com ligações não assumidas com o pessoal da Hora do Povo, aliás, MR 8."

O mesmo Coronel relata certas incongruências na vida militar de Andrade Nery, ainda no Mídia Sem Máscara, e comenta um artigo do General no jornal Hora do Povo:

"Um fato que me preocupa é quando um militar, da ativa ou da reserva, defende o cocalero Evo Morales e a linha política do Hugo Chávez e sua revolução cubano–bolivariana, aparecendo com possível ligação com os jornalistas, Jávier Gordinho, Antonio Avellar, e atrelado com o nome do Carlos Batista Lopes, médico, militante do MR-8, desde 1978, editorialista do Hora do Povo. Membro do Secretariado Nacional do MR-8, Carlos Batista Lopes esteve em Córdoba/Argentina, dias 09, 10 e 11 Nov 2000, participando do II Encontro Latino-Americano San Martin e Artigas: Soberania e Justiça Social. Em Abr 2002: Secretário de Agitação e Propaganda do MR-8 e Diretor de Redação do Hora do Povo."

Ainda em 2006, é publicada por Félix Maier, na Usina de Letras, uma carta da jornalista Graça Salgueiro ao General Nery com acusações pesadas e tom hostil:

"O senhor não passa de um vendilhão da Pátria, um COMUNISTA, igual àquele outro que comanda a ESG, por isso se defendem e se bajulam e foi por isto que o sr. foi o ÚNICO que defendeu a "palestra" do marginal do MST naquela "outrora" respeitada escola."

Também em 2006, correu a Internet um "bate-boca" entre o respeitado filósofo brasileiro Olavo de Carvalho e o General Nery, tendo então o pensador publicado em seu site, sob o título "O Grande Rombo":

"O que o general Nery escreveu de mim só fica bem no recinto fechado da redação da Hora do Povo . Fora daí, alardeado para o mundo, a céu aberto, é uma gafe medonha, um vexame colossal, além de delito previsto nas leis penais do país."

Caros leitores, a inclinação ideológica ou política de uma pessoa não desmerece em nada sua opinião, porém, quando tais preferências influenciam diretamente na verdade dos fatos, fica ao menos uma impressão de serem as afirmações tendenciosas.

Poderíamos supor que o Cel. Sávio ou a jornalista Graça fossem antigos desafetos do General Nery, o primeiro por motivos de passado militar, a segunda por sua opção política, mas fatos como a ligação com o jornal Hora do Povo ou sua entrevista para a União da Juventude Socialista são inegáveis e demonstram a preferência ideológica do Oficial. O que se deduz de tudo isso é que existe um significativo "racha" nos meios militares atuais e que ódios antigos e novos estão aflorando em certos meios.

Sobre a 4ª Frota

Das duas informações contidas na entrevista, uma foi confirmada, outra não.

O comando da 4ª Frota dos EUA realmente coube ao Rear Admiral (Contra-Almirante) Joseph D. Kernan que também comanda o COMUSNAVSO (U.S. Naval Forces Southern Command). O Almirante Kernan é um especialista em demolições submarinas e já comandou pelotões especiais dos SEALs.

Quanto à composição da frota, não existem detalhes sobre quais e quantos navios a comporiam. Segundo artigo na Wikipédia, dois navios de assalto anfíbio estão atualmente na 4ª Frota, sujeito a alterações: o USS Kearsarge (LHD-3) e o USS Boxer (LHD-4). O USS Kearsarge é confirmado pelo SOUTHCOM como tendo se incorporado à Frota em 8 de agosto passado. Não existem referências a "porta-aviões nucleares" na 4ª Frota, como disse o General Nery, aliás, segundo informe da Embaixada Americana, transcrevendo artigo do Embaixador Clifford Sobel publicado em O Globo, "não haverá navios permanentemente alocados a essa frota". O Embaixador também desmente a incorporação do porta-aviões nuclear classe Nimitz USS George Washington (CVN-73) (foto) à Frota, enfatizando que a belonave pertence à 7ª Frota no Pacífico, fundeada em Yokosuka - Japão e que a mesma apenas esteve no Rio de Janeiro para participar das manobras da UNITAS/2008.

Como não se pode acreditar em tudo que dizem os americanos (atualmente, em muito pouco), fica ao menos a dúvida sobre a composição exata da 4ª Frota Americana. É óbvio que, a qualquer momento, qualquer navio daquela esquadra pode ser deslocado para sua área de cobertura mas, a princípio, carece de precisão qualquer afirmação sobre quais e quantos navios a compõem, portanto, o General Nery acertou no que é público e sabido e especulou sobre o resto, a não ser que possua informações sigilosas sobre o assunto.

Sobre Blackwater, Halliburton e Família Bush

Nesse âmbito o General parece ter se confundido bastante ou também possui informações sigilosas que só ele conhece.

Sobre Blackwater já falamos em "Ouro Negro e Água Negra..." e já sabemos que foi criada em 1997 por Erik Prince e não pela Halliburton após a eleição de George W. Bush em 2001, como disse o General. Lendo-se a biografia de Prince pode-se até supor que sua passagem pela Casa Branca na administração de George H. W. Bush e seu passado de republicano roxo possa ter tido influência na atual posição de destaque da Blackwater no cenário militar americano, não só no Iraque, mas errou o General sobre a data e o fundador dessa empresa de mercenários.

Quanto a Halliburton também já comentamos. Apesar de ser internacionalmente conhecida como prestadora de serviços de infraestrutura em exploração de petróleo, foi contratada sem licitação pelo governo dos EUA para, praticamente, administrar a ocupação do Iraque, distribuindo sub-contratos a diversas empresas norte-americanas, incluindo aí a Blackwater e até a Microsoft. Suas atribuições vão de suprimentos e logística dos militares americanos até operação de poços de petróleo. Como se sabe, Dick Cheney, atual Vice-Presidente dos EUA, foi o CEO da Halliburton até 2000.

Não foram encontradas "as 15 plataformas da Família Bush no Brasil" dentre as 569 áreas de exploração licitadas pela ANP nos últimos 10 anos. Esse era um dos pontos que mais gostaríamos de ter esclarecido com o General Nery. Apenas 2 empresas vencedoras de licitação possuem ligações diretas com a Halliburton, a Anadarko Petroleum Corp. (aqui, Anadarko Petróleo Ltda.) e a Devon Energy (aqui, Devon Energy do Brasil Ltda.). Ainda que muitas empresas "petrolíferas" brasileiras tenham surgido neste período (e arrematado várias áreas de exploração), algumas mesmo sem qualquer experiência no setor como a Construtora Pioneira S/A de Belo Horizonte e possam ser suspeitas de serem testas-de-ferro de terceiros, não existem evidências documentais ou fatos na web que apontem para tal.

Ressalte-se que contratos de empresas petrolíferas com a Halliburton são comuns. A própria Petrobras assinou contrato no valor de US$ 2,6 bilhões para a implantação do projeto Barracuda-Caratinga na Bacia de Campos (RJ). Aliás, a relação do Governo Federal (leia-se ANP/Petrobrás) com a Halliburton parece ser bem estreita.

Confirmando o dito pelo General Nery, a ANP tem como um de seus Diretores o Sr. Nelson Narciso Filho (foto), indicado pelo Presidente da República e confirmado pelo Senado Federal, que conforme seu próprio currículo foi "Diretor Global - Cliente Sonangol da Halliburton Angola" entre maio de 2005 e junho de 2006.

As acusações de que Narciso Filho teria sido "plantado" na ANP pela Halliburton, a qual controlaria todo o Banco de Dados de Produção e Exploração - BDPE da Agência, assim como ter sido a Halliburton contratada sem licitação, foram rebatidas (de forma pouco coerente e convincente, diga-se de passagem) pelo Sr. Paulo Alexandre Silva em entrevista concedida à ASANP (Associação de Servidores da ANP).

Sobre o "Coronel" na Selva

Bem, sobre esse episódio narrado pelo General Nery não esperávamos encontrar alguma coisa na web, até por não ter sido citado o nome do Oficial Superior, mas para quem conhece alguma coisa da vida militar, algumas questões vêm à mente:

1) Um Coronel, Comandante de Batalhão, em patrulha num bote inflável? Coisa muito pouco provável, ainda mais com apenas mais 1 Tenente e 3 praças. É mais coerente que fosse o Tenente o comandante da patrulha;

2) Retroceder diante do "inimigo"? Se eram 5 contra 5 não havia, militarmente, razão para retroceder com medo de "emboscada", até porque o "inimigo" já havia sido identificado e localizado. O argumento de estarem em reserva indígena e necessitarem de autorização judicial para entrarem também é pouco plausível. O igarapé onde estavam não fazia parte da reserva, só a margem? E um Comandante de Batalhão seria dado a tais melindres diante de uma situação que exigia ação imediata? Novamente, tais atitudes se encaixariam mais em um Tenente inexperiente.

3) 15 Homens Armados, 10 Lanchas, 4 Aviões Anfíbios... e nada?? Ao retornarem com a tal autorização judicial se deparam com uma base militar estrangeira em território brasileiro e o máximo que fazem é conversar com eles? Se toda essa narrativa for estritamente verídica, esse Coronel criou uma nova versão para a célebre frase de Júlio César, que passa a ser: "Vini, Vidi, Fugit!" (Vim, Vi e Fugi!). Sinceramente, espero que haja certo sensacionalismo no relato do General Nery pois, apesar de ser conhecida a invasão estrangeira na Amazônia, se estas são as atitudes que podemos esperar do Exército Brasileiro, que Deus nos ajude!

Conclusão

Esperamos ter apresentado dados e informações suficientes para que o leitor tire suas próprias conclusões. Acreditamos que, a despeito de qualquer vertente ideológica, a soberania e os interesses nacionais devem ser defendidos por todos os integrantes das instituições brasileiras e, principalmente, pela população, ainda mais quando tal soberania não parece ser, nem de longe, uma das prioridades da atual administração federal.

2 comentários:

Ivo S. G. Reis disse...

Caro Spock:

Você está passando pelo mesmo drama que eu estou passando, em relação a este assunto e a outros semelhantes, tão sérios quanto estes ou mais, e que também estamos investigando no nosso blog. Sobre operações militares secretas estrangeiras que já teriam ocorrido na amazônia, temos documentos, nomes e emails. Mais precisamente, 10 emails trocados entre o Gomide, eu e um dos militares envolvidos, faltando localizar e pesquisar mais dois milicos(este últimos já na reserva). Sobre treinamentos militares na Flórida (USA) para a "defesa da Amazônia", também já temos algumas informações. Sobre planos para a ocupação futura da Amazônia, idem. Só que tudo precisa ser checado porque, como você, não gostamos de publicar notícias alarmistas ou levianas que não possam ser comprovadas. Se quiser, podemos nos aliar e fazer uma equipe para investigar isso, porque sei que você gosta e é um bom Sherlock.

Por falta de tempo, segue, abaixo, cópia do comentário que fiz em meu blog, em relação a este assunto que ora estamos discutindo (está logo abaixo do seu - viste-nos!):

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De fato, Spock, a situação está muito, mas muito mais feia mesmo do que até você, um pesquisador zeloso, possa imaginar. Pense no que você já descobriu até aqui. Pensou? Exagere! Exagerou? É muito mais do que a conclusão a que você chegou. Aquela excelente reportagem que você nos mandou é apenas uma ínfima parte do que está acontecendo em relação à visão e o interesse que os estrangeiros têm em nosso país, especialmente na região amazônica, o nosso ponto mais frágil, verdadeiro “Calcanhar de Aquiles”. Se armarem contra nós, é por lá que eles irão começar. Aliás: já começaram, sorrateiramente.

Estou preparando uma série de reportagens sobre a situação da Amazônia e da enganação da demarcação das terras indígenas, paralelamente com um estudo sobre as ONGs estrangeiras, as questões estratégicas, econômicas, políticas e a visão dos militares sobre o assunto. Enlouqueci! O Gomide disse que também se perdeu. O assunto ou assuntos, dariam, pelo menos, uns 3 bons livros. É tão complicado, que parei para pensar melhor.

Assim, estou estudando para ver como posso colocar essas reportagens, em séries, capítulos ou sei lá o quê (aceito sugestões). A coisa está muito mais feia do que pensamos. O pior é que acho que o Governo está sabendo disso - não há como não saber.

Estou precisando de ajuda, companheiro, principalmente, de pessoas com o seu espírito investigativo e destemido, a par da sua capacidade de analisar, raciocinar, e concluir, é claro. Enfrentar uma guerra dessas sozinho ou com apenas uns 3 bons soldados leais é luta inglória. Sei de algumas restrições que você tem quanto a parte da nossa linha editorial, achando que alguns de nossos colaboradores são apenas “eco-chatos”, talvez um pouco fanáticos em questões ambientais. Mas, afirmo: não é bem assim: isto tudo é fruto da paixão pelo assunto que, às vezes, leva a alguns exageros. O que você tem de entender é que estamos no mesmo barco, em matéria de preocupação com a soberania do nosso país, e, especialmente, lá naquela disputada e conflitante região da Amazônia. Temos linhas editoriais diferentes, é verdade. Se for por discordâncias, também acho que geofísica, pesquisas meteorológicas e astronômicas, estudos de vulcões, do clima, de terremotos, de catástrofes possíveis, leitura de dados da NASA, etc, são um trabalho técnico de alta relevância, mas eu não os faria. Não por não julgá-los importantes, mas por não me sentir qualificado (dispenderia muito do meu valioso tempo para assim me julgar) e por entender que há outras coisas mais sérias e nem tão mais simples por discutir, aqui mesmo. Mas nem por isso, deixo de valorizar o seu trbalho e visitar o seu blog regularmente, embora faça poucos comentários. Você percebeu um tom de desespero e desabafo em minhas palavras? Não nego, abnegado companheiro. É isto mesmo. Estou indignado com o Governo Brasileiro, revoltadíssimo, pedindo ajuda a todos quanto possa, para lutar contra esses FP e os “olheiros internacionais”.

Então, colega de luta, vamos manter nossas preferências de linhas editoriais, mas nos unirmos e nos ajudarmos, em nome do Brasil. Podemos continuar fazendo o que gostamos, cada um na sua, sem descuidar das grandes questões nacionais.

A maioria dos blogs que visito, dos jornais que leio, apenas dão notícias sobre a região, mas não discutem nem propõem soluções. Nós, aqui, não queremos apenas dar notícias. Isso, todo o mundo faz. Queremos denunciar, alertar. debater e propor soluções. Esta é a nossa meta e seria muito bom se você pudesse se alinhar conosco. Por isso, continuo mantendo o seu blog na minha lista de “blogs parceiros”. Aliás, uma desculpa: achei, em nome do nosso relacionamento inicial, que deveria continuar mantendo o seu blog naquela lista, mas se você discordar é só avisar e eu retiro.

Volte aqui de vez em quando e acompanhe as próximas notícias. se já não está, você vai ficar muito mais revoltado ainda. Tudo o que vc souber sobre o assunto, informe-nos e faremos o mesmo. Aliás, isto nem é muito necessário. Basta que um visite o blog do outro a cada dois dias, para manter-se atualizado.

A propósito, possuo uma seqüência de trocas de 10 emails entre o Gomide e eu, a respeito de movimentações de tropas militares estrangeiras (secretíssimas) que teriam já ocorrido na região amazônica. nem tudo está inteiramente comprovado: pesquisamos os nomes e as instituições e existem. Estamos verificando tudo e são tantas coisas que ficamos perdidos. Sugeri ao Gomide enviar o material para você analisar e ele concordou. Você não quer nos ajudar a desembrulhar e estudar o pacote? Se tentarmos ligar uma coisa a outra, pesquisar, contactar, ligar pessoas, a coisa vai muito longe e pode até se caracterizar em um crime militar forçado.

O que está revoltando é a omissão e a ingenuidade, burrice ou conivência do Governo brasileiro. A nossa intenção é divulgar e botar a boca no mundo.

Aguardo sua manifestação.

Ivo S. G. Reis disse...

Caro Spock:

Não sei se você descobriu por acaso ou ihntencionalmente, mas esse assunto é muitíssimo mais sério do que possa parecer. Não tenha dúvidas sobre os objetivos da "Quarta Frota de Intervenção dos EUA" : ela foi reativada recenteemente e deslocada para o nosso continente com objetivos bem definidospara a América Latina.

Republico, abaixo, para o seu exame, trechos (a reportagem é grande)sobre as intenções da 4ª Frota Naval Americana:
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Sobre a 4ª Frota Naval Americana:

[...]O objetivo intervencionista da 4ª Frota e dos exercícios conjuntos, criticado por Fidel Castro e Socorro Gomes e subestimado por alguns patriotas, foi reconhecido pelo próprio jornal Gazeta Mercantil, que faz a cabeça da elite. “Essa decisão chega quando os regimes esquerdistas eleitos pelo voto popular, como o do presidente Hugo Chávez, contestam cada vez mais a influência norte-americana na América Latina e no Caribe. Além disso, os países sul-americanos, entre eles Venezuela, Brasil e Equador, estão aumentando os seus gastos militares”.
.
A 4ª Frota deverá entrar em operação em 1º de junho. Ela terá sob sua responsabilidade mais de 30 países do continente, cobrindo 15,6 milhões de milhas. O imperialismo ianque tem hoje dez porta-aviões do tipo Nimitz, com capacidade de deslocamento de 101 mil a 104 mil toneladas de carga, incluindo 90 aviões e dois reatores nucleares. O último construído leva o nome de George H.W. Bush, pai do atual presidente-terrorista, e entrará em operação em dois meses. Segundo o Pentágono, os exercícios conjuntos em abril já fazem parte do plano de implantação da 4ª Frota. Como afirma Fidel Castro, “nenhum país do mundo possui um único navio semelhantes a estes, todos equipados com sofisticadas armas nucleares, que podem se aproximar até poucas milhas de qualquer um dos nossos países. O próximo porta-aviões, o Gerald Ford, terá tecnologia Stealth, invisível aos radares... Os porta-aviões e a bombas nucleares que ameaçam nossos países servem para semear o terror e a morte, mas não para combater o terrorismo. Deveriam servir ainda para envergonhar os cúmplices do império e multiplicar as atividades de solidariedade aos povos”.
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PS: Spock: Pesquise mais sobre o CEBRES. Eles sabem muito mais do que alegam e possuem muito material "confidencial".
Leia mais em:
http://blogmetropolitano.blogspot.com/2008-05-01-archive.html