sábado, 20 de setembro de 2008

Seca, desertificação e savanização do bioma amazônico... Isto é possível?

O artigo que se segue, foi publicado originalmente no blog Debata, Desvende e Divulgue!, em 18/09/2008. Devido a diferenças de formatação entre as plataformas Wordpress e Blogger, imagens, vídeos e apresentações sofreram algumas variações de exibição e tamanho. De resto, a matéria é idêntica à que foi publicada naquele blog.

Infelizmente, é possível sim. Secas e desertificação de imensas áreas na Amazônia Legal já aconteceram. E poderão acontecer de novo. Quanto à morte do bioma amazônico, ainda não está agonizante, mas diria que já está doente, como se tivesse um câncer ainda no início. Mas poderá ser tratado e salvo. Tudo depende da conscientização do povo brasileiro e do Governo. O povo, para denunciar, alertas e pressionar; o Governo para agir, adotando novas e urgentes políticas públicas para aquela importante região, que corresponde a 59% de todo o território nacional e abriga uma enorme biodiversidade e riquezas minerais de altíssimo valor econômico e estratégico. Riquezas tão variadas e valiosas, que qualquer nação gostaria de poder possuí-las... e explorá-las. E isso já está acontecendo. Estrangeiros estão explorando e levando as nossas riquezas, diante da excessiva leniência do Governo Brasileiro.

Com um vasto território e uma baixíssima densidade demográfica, a Amazônia Legal engloba as áreas mais abandonadas e desprotegidas do país, quiçá do planeta. O mesmo se pode dizer da Amazônia Continental, que é por onde se estende o bioma amazônico, para além das nossas fronteiras, abrangendo nove países: Brasil, Peru, Bolívia, Venezuela, Colômbia, Equador, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.

Mas o que está acontecendo por lá? Muitas coisas. E isto será objeto de nossas próximas matérias. Por ora, vamos mostrar o que já aconteceu, o que está acontecendo e o que poderá acontecer. Não, não vamos nos perder em longos discursos, nem é nosso propósito alarmar e ser pessimistas. Tentaremos apenas alertar, sendo objetivos e diretos, economizando palavras, deixando que as imagens falem por si. Cabe a você, leitor, tirar suas próprias conclusões e nos acompanhar ou não em nossa série de denúncias e reportagens.

Por causa disto:





















Por causa disto:


Clique no link abaixo para ver o vídeo do Greenpeace, mostrando como se destrói a Amazônia:

Abrir vídeo


Nota: A Administração deste blog não concorcoda com a totalidade deste vídeo, no que se refere a "causas oriundas do aquecimento global", que não julgamos ser inteiramente de origem antropogênica. No entanto, estamos de acordo que diversos tipos de alterações climáticas podem ser provocadas pela ação do homem na natureza. Assim, por concordar com cerca de 80% do que é exibido e com algumas verdades incontestáveis mostradas pelas imagens, resolvemos publicar o vídeo, após as ressalvas.

E por causa disto:


  • Poucos investimentos e falta de políticas públicas eficientes do Governo para a região; incapacidade governamental para gerenciar, fiscalizar, controlar e defender o seu território interno e suas fronteiras, naquela imensa hiléia amazônica, fazendo-a parecer "terras de ninguém";
  • permissividade quanto à instalação de madeireiras clandestinas, o comércio ilegal de madeiras e o agrobanditismo ecológico na região;
  • permissividade quanto à instalação de agroindústrias que desrespeitam os já mal-elaborados planos de manejos da região (quando existem);
  • permissividade quanto ao avanço de culturas de soja na Amazônia, com a conseqüente destruição da mata nativa;
  • idem, idem quanto a derrubadas e queimadas para a formação de pastagens para gado;
  • idem, idem, quanto aos garimpos clandestinos, poluidores de rios, e a biopirataria;
  • idem, idem, quanto às plantações de monoculturas de cana-de-açúcar e futuras instalações de usínas de álcool, sem o estudo do descarte dos resíduos industriais, como o vinhoto;
  • excessiva benevolência e não exigência de contrapartida fiscalizada nos assentamentos rurais;
  • erros logisticos, diplomáticos e de planejamento na demarcação das reservas indígenas;
  • facilitamento na venda de terras amazônicas para estrangeiros, cujos únicos objetivo são a exploração da terra, até o esgotamento dos seus recursos, sem nenhum comprometimento com a defesa do meio ambiente;
  • ausência de uma presença militar mais efetiva nas fronteiras e nas áreas de devastação;
  • excesso de burocracia ineficiente, erros logísticos de administração e política, pela superposição de poderes;
  • facilidade e falta de fiscalização para as ONGs estrangeiras que se instalam na região, com objetivos camuflados e a serviço dos interesses políticos e econômicos internacionais;
  • ausência de um órgão exclusivo, com autonomia e serviço de inteligência interna , para cuidar dos problemas fundiários e ambientais da região, funcionando também como órgão de apoio ao Ministério da Defesa...
  • outros problemas aqui não relacionados...

Já chegamos a isto:


(Pare o mouse sobre a figura, para fixar a imagem e ler as legendas)

Provocamos isto:








<- TERRITÓRIO EM DISPUTA



E poderemos chegar a isto:


















<- NOVO BRASIL


Aí está a situação em que nos encontramos e para a qual o país tem de estar de olhos abertos. Sob o pseudo pretexto de que o Brasil é incapaz de cuidar da Amazônia, "um patrimônio da humanidade", as potências estrangeiras, em nome da preservação do meio ambiente, pretendem tomá-la de nós. Manobras nesse sentido já se articulam e, não tenham dúvidas, irão se intensificar, enquanto o país permanecer nesse "statu quo". E só temos um meio de evitar isso: ocupar racionalmente a Amazônia, criar novas políticas públicas e mecanismos de defesa para aquela importante e rica região. E o primeiro passo, dentre as inúmeras coisas que têm de ser consertadas, É ACABAR TERMINANTEMENTE COM OS DESMATAMENTOS E AS QUEIMADAS. Com isso, apenas com isso, já eliminamos a metade dos problemas e destruímos os motivos que vêm sendo alegados.

Adiando as pressões internacionais, teremos tempo para nos recompor e ir paulatinamente saneando a região, começando pela cassação das licenças das ONGs estrangeiras suspeitas e estudando melhor, sob o aspecto humano, mas também estratégico, a questão da demarcação das reservas indígenas. Que o nosso STF pense bem nisso, para não complicar e levarmos anos para corrigir um erro de decisão.

Que o nosso statu quo não se transforme em statu quo ante bellum! É o que a nação espera.


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