O artigo que se segue, foi publicado originalmente no blog Debata, Desvende e Divulgue!, em 18/09/2008. Devido a diferenças de formatação entre as plataformas Wordpress e Blogger, imagens, vídeos e apresentações sofreram algumas variações de exibição e tamanho. De resto, a matéria é idêntica à que foi publicada naquele blog.
Infelizmente, é possível sim. Secas e desertificação de imensas áreas na Amazônia Legal já aconteceram. E poderão acontecer de novo. Quanto à morte do bioma amazônico, ainda não está agonizante, mas diria que já está doente, como se tivesse um câncer ainda no início. Mas poderá ser tratado e salvo. Tudo depende da conscientização do povo brasileiro e do Governo. O povo, para denunciar, alertas e pressionar; o Governo para agir, adotando novas e urgentes políticas públicas para aquela importante região, que corresponde a 59% de todo o território nacional e abriga uma enorme biodiversidade e riquezas minerais de altíssimo valor econômico e estratégico. Riquezas tão variadas e valiosas, que qualquer nação gostaria de poder possuí-las... e explorá-las. E isso já está acontecendo. Estrangeiros estão explorando e levando as nossas riquezas, diante da excessiva leniência do Governo Brasileiro.
Com um vasto território e uma baixíssima densidade demográfica, a Amazônia Legal engloba as áreas mais abandonadas e desprotegidas do país, quiçá do planeta. O mesmo se pode dizer da Amazônia Continental, que é por onde se estende o bioma amazônico, para além das nossas fronteiras, abrangendo nove países: Brasil, Peru, Bolívia, Venezuela, Colômbia, Equador, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.
Por causa disto:
Por causa disto:
Clique no link abaixo para ver o vídeo do Greenpeace, mostrando como se destrói a Amazônia:
Abrir vídeo
E por causa disto:
- Poucos investimentos e falta de políticas públicas eficientes do Governo para a região; incapacidade governamental para gerenciar, fiscalizar, controlar e defender o seu território interno e suas fronteiras, naquela imensa hiléia amazônica, fazendo-a parecer "terras de ninguém";
- permissividade quanto à instalação de madeireiras clandestinas, o comércio ilegal de madeiras e o agrobanditismo ecológico na região;
- permissividade quanto à instalação de agroindústrias que desrespeitam os já mal-elaborados planos de manejos da região (quando existem);
- permissividade quanto ao avanço de culturas de soja na Amazônia, com a conseqüente destruição da mata nativa;
- idem, idem quanto a derrubadas e queimadas para a formação de pastagens para gado;
- idem, idem, quanto aos garimpos clandestinos, poluidores de rios, e a biopirataria;
- idem, idem, quanto às plantações de monoculturas de cana-de-açúcar e futuras instalações de usínas de álcool, sem o estudo do descarte dos resíduos industriais, como o vinhoto;
- excessiva benevolência e não exigência de contrapartida fiscalizada nos assentamentos rurais;
- erros logisticos, diplomáticos e de planejamento na demarcação das reservas indígenas;
- facilitamento na venda de terras amazônicas para estrangeiros, cujos únicos objetivo são a exploração da terra, até o esgotamento dos seus recursos, sem nenhum comprometimento com a defesa do meio ambiente;
- ausência de uma presença militar mais efetiva nas fronteiras e nas áreas de devastação;
- excesso de burocracia ineficiente, erros logísticos de administração e política, pela superposição de poderes;
- facilidade e falta de fiscalização para as ONGs estrangeiras que se instalam na região, com objetivos camuflados e a serviço dos interesses políticos e econômicos internacionais;
- ausência de um órgão exclusivo, com autonomia e serviço de inteligência interna , para cuidar dos problemas fundiários e ambientais da região, funcionando também como órgão de apoio ao Ministério da Defesa...
- outros problemas aqui não relacionados...
Já chegamos a isto:
(Pare o mouse sobre a figura, para fixar a imagem e ler as legendas)
Provocamos isto:
<- TERRITÓRIO EM DISPUTA
E poderemos chegar a isto:
<- NOVO BRASIL
Aí está a situação em que nos encontramos e para a qual o país tem de estar de olhos abertos. Sob o pseudo pretexto de que o Brasil é incapaz de cuidar da Amazônia, "um patrimônio da humanidade", as potências estrangeiras, em nome da preservação do meio ambiente, pretendem tomá-la de nós. Manobras nesse sentido já se articulam e, não tenham dúvidas, irão se intensificar, enquanto o país permanecer nesse "statu quo". E só temos um meio de evitar isso: ocupar racionalmente a Amazônia, criar novas políticas públicas e mecanismos de defesa para aquela importante e rica região. E o primeiro passo, dentre as inúmeras coisas que têm de ser consertadas, É ACABAR TERMINANTEMENTE COM OS DESMATAMENTOS E AS QUEIMADAS. Com isso, apenas com isso, já eliminamos a metade dos problemas e destruímos os motivos que vêm sendo alegados.
Adiando as pressões internacionais, teremos tempo para nos recompor e ir paulatinamente saneando a região, começando pela cassação das licenças das ONGs estrangeiras suspeitas e estudando melhor, sob o aspecto humano, mas também estratégico, a questão da demarcação das reservas indígenas. Que o nosso STF pense bem nisso, para não complicar e levarmos anos para corrigir um erro de decisão.
Que o nosso statu quo não se transforme em statu quo ante bellum! É o que a nação espera.
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