terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Idiocracia: Um futuro não tão distante.

Voces já assistiram o filme Idiocracia (Idiocracy - 2006)?

Lançado como comédia, o filme é muito mais um exercício de realismo fantástico, estando muito mais próximo da verdade do que se possa imaginar. Mesmo sendo hilariante, logo no início apresenta fatos presentes difíceis de serem contraditados. Vejam o vídeo abaixo, apesar das imagens de baixa qualidade, está dublado em português.




Assistiram? É bem engraçado, não acham? Pois é...eu não acho! Na verdade, para mim, a introdução se assemelha mais a um filme de terror dos bem assustadores, ainda mais quando reconhecemos muitas daquelas cenas nos dias atuais.

Para quem ainda não viu o filme todo, um resumo: um burocrata militar de inteligência mediana e baixo posto é escolhido para um projeto que irá congelar 2 seres humanos por alguns anos. O outro escolhido é uma mulher, uma prostituta. Ambos são colocados em câmaras criogênicas, mas por questões políticas e econômicas o projeto é cancelado pelo Governo e os 2 são esquecidos congelados por séculos! Após um acidente, as câmaras são abertas e ambos acordam no ano de 2500, quando tudo está uma bagunça!

O que é assustador na introdução no vídeo acima é a real diferença nas taxas de fertilidade das populações com diferentes graus de instrução. Deixando de eufemismos, os ignorantes se reproduzem muito mais rapidamente do que os mais bem dotados intelectualmente, e isto pode ser facilmente identificado de várias formas, em vários locais do mundo.

Enquanto pessoas mais instruídas, pressionadas por necessidades impostas pela Sociedade tais como progresso profissional e econômico, adiam cada vez mais seu processo reprodutivo (ter filhos), pessoas de baixo grau de instrução não possuem essas mesmas preocupações e se reproduzem a taxas bem mais elevadas.

Vejam o que ocorre na Europa, onde a taxa de fertilidade de naturais de muitos países (Reino Unido, Alemanha, França...) vem decaindo assustadoramente enquanto que a fertilidade dos imigrantes desses mesmos países permanece alta. Aqueles que viajam com frequência já devem ter notado que é muito mais fácil se encontrar um paquistanês, indiano ou chinês em Londres do que um inglês. O mesmo ocorre em Paris com argelinos, marroquinos e demais africanos de antigas colônias francesas.

A grande questão está no fato de que muitos governos não conseguem propiciar educação de qualidade a todos, até mesmo pelo choque cultural que sempre acontece entre populações migrantes e a cultura do país que os acolhe. A taxa de crescimento da população islâmica, por exemplo, na Europa já é 3 vezes maior que a de europeus natos, quer seja por maior fertilidade quer seja pela imigração.

Enquanto na Europa essa situação preocupa governos que procuram uma solução para o problema, em outros países (até continentes) a situação educacional da população não parece importar muito aos governantes. Na grande maioria dos países africanos a cultura tribal ainda prevalece e a única coisa que parece ter mudado em séculos foi com que armas as tribos guerream entre si: antes lanças e escudos, hoje AK-47 e minas terrestres. Antes resumidos a aldeias e pequenas regiões, hoje chefes tribais alcançam o poder em países através de golpes sangrentos apenas para serem derrubados, anos depois, por outro chefe em outro golpe sangrento.

Até mesmo no nosso querido Brasil continental o atual Presidente da República assumiu o primeiro mandato fazendo apologia da ignorância ao dizer que "não era preciso ter diploma para ser Presidente do Brasil..." e vem propagando tal idéia de forma sistemática através do Bolsa-Família que "premia" o número de filhos e não o estudo ou o trabalho.

Assim, iniciaremos agora uma série de artigos através dos quais mostraremos como caminhamos a passos largos para uma autêntica Idiocracia mundial, muito mais destruidora da civilização do que qualquer aquecimento global, asteróide ou guerra nuclear.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Aquecimento Global ou Guerra de Interesses? (Parte V)

Os propagandistas do fim do mundo, também conhecidos como "ambientalistas", agora sugerem que o aquecimento global irá aumentar o número de erupções vulcânicas, terremotos, furacões e outros eventos naturais.

Assim como a maioria dos eco-alarmistas, não possuo formação acadêmica em climatologia ou ciências afins, mas diferentemente deles, não sou estúpido, nem fanático, nem terrorista, portanto irei demonstrar o inverso da teoria apocalíptica, ou seja, a influência de terremotos e vulcões (terrestres e submarinos) nas variações climáticas de curto e médio prazo.

Poucos dados consolidados são achados na web sobre terremotos, principalmente sua incidência histórica ao longo dos séculos e quanto à energia total liberada por cada um deles. Devido a isso, basearei minha tese inicial no grande terremoto de 2004 no Oceano Índico que gerou devastadora tsunami, matando centenas de milhares de pessoas em vários países.

O terremoto, inicialmente sub-avaliado, atingiu magnitude 9,3 na Escala Richter tornando-se o segundo maior já registrado até hoje. Se considerarmos a gigantesca energia liberada de 4,0x10e22 Joules e transformarmos isso em Centigrade Heat Units chegaremos a 2,1x10e19 chu.

Levando-se em conta o volume de água no Oceano Índico chegaremos a conclusão de que o terremoto teria afetado infimamente a temperatura de todo o Oceano, algo da ordem de grandeza de 10e-7. Porém, se usarmos os mesmos valores de energia na área do terremoto (200.000 Km²) verificaremos uma elevação de temperatura localizada da ordem de 0,4ºC, o que se assemelha muito à elevação de temperatura dos Oceanos detectada nas últimas décadas de 0,6ºC.

Portanto, um único terremoto, ainda que gigantesco, teria influência direta na temperatura da água em sua área de ocorrência. O que dizer então das centenas ou milhares que ocorrem anualmente com epicentro localizado em áreas submersas?

O USGS (United States Geological Survey), órgão centralizador de dados sobre terremotos mundiais, reporta um aumento de identificações de sismos desde que sistemas computadorizados de localização de epicentros se tornaram operacionais, em 1960. Ainda assim, pesquisadores pouco atentam para o efeito da liberação de energia sísmica na temperatura dos oceanos, ou pelo menos, pouco se torna público. Preferem publicar especulações sobre variações de temperatura na atmosfera influenciando o movimento das placas tectônicas terrestres. Alguém de bom senso consegue explicar tal absurdo cientificamente?

Outro evento natural que influencia diretamente no clima global são as erupções vulcânicas, tanto para um aquecimento quanto para um resfriamento global. Vulcões "terrestres" (vamos considerar assim aqueles cujas crateras se situem acima do nível do mar) são capazes de expelir enormes quantidades de cinzas, gases e aerosóis (finas partículas) em erupções. Em 1991 o Monte Pinatubo, nas Filipinas, entrou em erupção lançando quantidades astronômicas de aerosóis e gás sulfídrico (SO2) na atmosfera. Em 2005, o pesquisador australiano John Church publicou na Nature sua pesquisa que demonstra que a erupção do Pinatubo causou uma redução de 5 mm no nível dos oceanos devido a um resfriamento global que aumentou o nível das geleiras. Esta redução imediata no nível dos mares explicaria o subsequente aumento detectado de 1993 a 2000 por satélites, a medida que os efeitos de esfriamento fossem diminuindo.

Em 2006, pesquisadores relatam na mesma Nature que a erupção do Krakatoa teria afetado o planeta da mesma forma que o Pinatubo e que essa influência permaneceria por décadas.

Quanto aos vulcões submarinos menos ainda se sabe ou os dados são muito recentes, haja vista que somente no século XX se desenvolveu tecnologias capazes de pesquisas submarinas. Porém, parece que muitos cientistas estão despertando para a importância da atividade vulcânica no leito oceânico, até por termos 2/3 da crosta terrestre submersa.

Algumas descobertas inéditas tem sido feitas, como a publicada em julho de 2007 no NewScientist que catalogou mais de 200.000 cones vulcânicos com mais de 100 m de altura (a contar do leito oceânico) consolidando dados obtidos por sonares em navios. Esta quantidade excede em muito os pouco mais de 14.000 vulcões submarinos identificados por satélites, até então. O estudo estima ainda que possam existir por volta de 3 milhões de vulcões submarinos.

Em dezembro do ano passado, uma equipe do Woods Hole Oceanographic Institution liderada por Adam Soule divulgou as imagens de uma considerável erupção submarina no Oceano Pacífico, próximo ao litoral do México. O mapa sem precedentes foi montado por 50.000 imagens do leito oceânico feitas pelo submarino Alvin e mostra o fluxo de 22 milhões de metros cúbicos de lava. A descoberta foi noticiada pelo Discovery News.


Esta figura mostra dados atualizados diariamente sobre anomalias na temperatura superficial dos Oceanos (clique para ampliar). Reparem que grande parte do mapa mostra uma anomalia negativa de temperatura (resfriamento) das águas. As excessões mais marcantes são justamente as elevações de temperatura no oeste do Pacífico, área do "Anel de Fogo", onde são constantes os terremotos e atividades vulcânicas, assim como no leste do Índico, área do grande terremoto de 2004 e onde 3 outros entre 4,5 e 7,3 M ocorreram há 3 dias atrás.

Essas são só algumas das evidências que estão a provar que terremotos e erupções vulcânicas influenciam muito mais o planeta do que os gases de todas as vacas juntas, diferentemente do que afirmam os eco-ignorantes. São os Oceanos, e não as florestas, os maiores depositários de CO2 do planeta e a temperatura das águas está diretamente relacionada com a maior ou menor liberação desse gás. Da mesma forma, a acidificação das águas através do SO2 liberado em erupções submarinas pode afetar a quantidade de algas produtoras de oxigênio bem como aumentar a liberação de CO2 oceânico.

Com certeza muita há a ser estudado ainda, principalmente o que diz respeito à atividade vulcânica submarina, porém já se pode afirmar que o planeta Terra possui 2 fontes de calor principais, uma externa e uma interna: o Sol e o Núcleo. Sem que se estude a fundo a influência dessas duas fontes no clima global fica no campo das especulações e dos interesses obscuros qualquer afirmação sobre a antropogenicidade das alterações climáticas.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Uso excessivo de telefones celulares provoca câncer

Durante séculos o uso do tabaco não foi associado a qualquer doença, sendo mesmo uma tradição em várias culturas e seu cultivo um meio de sustento de alguns países. Hoje já é bem estabelecida a ligação entre o fumo e algumas formas de câncer, principalmente de pulmão, além de outros agravos à saúde.

O uso da telefonia móvel celular é relativamente recente e os estudos até agora realizados não indicavam haver uma relação entre as ondas de radiofrequência por eles emitidas e recebidas e o surgimento de patologias.

Até agora...

Estudo realizado pela médica epidemiologista israelense Siegal Sadetzki, no Gertner Institute for Epidemiology and Health Policy Research no Sheba Medical Center, encontrou uma relação entre o uso constante e excessivo de telefones celulares e a incidência de tumores na principal glândula salivar - a parótida.

O fato do estudo ter sido realizado em uma população israelense é significativo, diz a Dra. Sadetzki: "Diferentemente de povos em outros países, os israelenses foram rápidos em adotar a tecnologia de telefonia móvel celular e continuam sendo usuários excessivos. Portanto, o nível de exposição à radiação de radiofrequência encontrada neste estudo é bem maior do que a de estudos anteriores".

O estudo também encontrou um aumento do risco de câncer em usuários de áreas rurais. Devido ao menor número de antenas, telefones celulares em áreas rurais emitem mais radiação para poderem funcionar eficazmente.

Em geral, o risco de câncer de parótida foi 50% maior em usuários contumazes do que naqueles que não usavam celulares.

A Dra. Sadetzki alerta também para o uso excessivo de celulares por crianças, muitas vezes estimulado pelos pais que querem manter um controle sobre as movimentações dos filhos.

"Algumas tecnologias atuais que usamos carregam riscos. A questão não é se as usaremos, mas como as usaremos", conclui Sadetzki.

Ressalto agora a motivação de muitas pesquisas científicas realizadas nas últimas décadas. Quando foi criada a Aspirina (Ácido Acetil Salicílico), servia para tudo. Virou até anedota médicos receitando Aspirina para qualquer problema de saúde. A seguir descobriram que esse uso indiscriminado e excessivo estava causando úlceras gastro-duodenais e a Aspirina passou a ser uma vilã. Logo após, para reabilitá-la, descobriram seu efeito de diminuição da agregação plaquetária (anticoagulante) fazendo com que fosse recomendada para infartos do miocárdio, passando a ser uma salva-vidas.

Exemplifiquei com a Aspirina para dizer que, também na área de Saúde, existem vários interesses econômicos embutidos nas pesquisas científicas. Até agora não havia sido relatada nenhuma ligação entre câncer e celulares, pelo contrário, os cientistas afirmavam que seus estudos não haviam encontrado qualquer relação entre os dois. Esse estudo israelense pode iniciar uma nova era de "descobertas" sobre o assunto, até porque Israel não fabrica celulares...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Teoria de Gaia x Aquecimento Global - Quem Está com a Razão? (Republicação)

O texto abaixo foi publicado originalmente no site do autor, no Recanto das Letras e em seu blog Debata, Desvende e Divulgue!,este último, blog parceiro do "Projeto S.I.L.I".

Resolvemos republicá-lo também aqui, em reforço ao excelente artigo sobre tema correlato ("A Farsa dos CFCs e do Aquecimento Global"), publicado pelo administrador do blog Projeto S.I.L.I., no nosso blog. Esperamos que o nosso administrador, Mr. Spock, publique o mencionado artigo aqui já que a autoridade do eminente professor e pesquisador que o escreveu, certamente jogará muita luz sobre o assunto a que nos referimos no artigo abaixo:
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Teoria de Gaia x Aquecimento Global - Quem Está com a Razão?

Ambas são teorias ainda não totalmente comprovadas e se referem ao planeta e ao aquecimento global. Uma, menos alarmista, apoiada no cientificismo e na experimentação; a outra, pregando o catastrofismo, baseada em estatísticas, fotos e observações.

Antes de adentrar no assunto, que pelas características deste espaço, não pode ser aprofundado, cabe algumas ressalvas: Tanto a Teoria de Gaia como a Teoria do Aquecimento Global mereceriam longos ensaios feitos de formas isoladas pelas comunidades científicas mundiais e, depois, um longo estudo comparado, concluindo o que de verdadeiro existe em ambas as teorias, e recomendando os procedimentos corretos a serem adotados pela ciência e pela humanidade.

Infelizmente, eu, mero observador, cidadão comum, blogueiro brasileiro, sem nenhuma autoridade para emitir opiniões sobre o assunto, embora cuidadoso e imparcial pesquisador, não encontrei ainda, em minhas pesquisas (livros, jornais, revistas, periódicos de ciência e biologia, bibliotecas, internet, etc), nenhum estudo que preenchesse convenientemente esta lacuna. Talvez até já exista, mas não encontrei ou não soube como procurar. Mas, se com todo esse esforço não encontrei, acredito que muitos de vocês também não, estando na minha mesma situação: inquietos e querendo saber em que e/ou em quem acreditar.

Por isso, e só por isso, vou tentar resumir o que sei e colocar a questão para debate e reflexão. Fique claro, porém, que o assunto é vastíssimo e terá que ser abordado inúmeras outras vezes, sob vários enfoques diferentes. Não se espere encontrar, aqui, as explicações buscadas. Mas apenas as bases para que você, leitor, continue a jornada, pesquisando e tentando tirar suas próprias conclusões, se é que já é possível chegar a isso. A comunidade científica ainda não chegou a um consenso. Será que nós conseguiremos chegar a um, mesmo que provisório, e apenas para aplacar a nossa curiosidade temporariamente?

Nos últimos anos, todos, começando pelos estudantes da 5ª série do ensino fundamental, têm ouvido falar do aquecimento global e, alguns, até tentando arriscar-se a defini-lo e explicá-lo, tal é a intensidade da divulgação na mídia. Nas escolas (não como ensino didático oficial), os professores já começam a comentar e emitir conceitos que, na verdade, são apenas os seus pontos-de-vistas pessoais, mas que, ainda assim, influenciam os alunos. Entre os adultos, fala-se disso em todos os lugares: em família, conversas em rodas de amigos, em salões de beleza, e até nos bares e botequins da vida. O assunto está tomando ares de verdade absoluta e todo mundo tem o seu palpitezinho a dar, ninguém alegando ignorância global, seja a pessoa culta ou inculta. E é isso o que me preocupa, porque eu, que ainda não consegui formar minha convicção sobre o assunto, estou começando a me sentir meio complexado, como se tivesse um raciocínio de efeito retardado, porque demoro muito a assimilar uma "verdade", por todos conhecida e pacificamente aceita.

Mas aí vem a minha reflexão e o consolo, ancorados numa frase e num dito popular. A frase: "Toda a maioria é burra" (Nelson Rodrigues - escritor, jornalista, dramaturgo-teatrólogo); o dito popular: "Uma mentira, dita repetidas vezes, por muitos, passa a soar como verdade" (autor desconhecido).

Quanto à frase de Nelson Rodrigues, não a aceito integralmente, por achá-la por demais genérica e radical, não considerando as exceções. Mas se ele dissesse: "Quase toda a maioria é burra", não teria dúvidas em concordar. O dito popular sobre a mentira, este é mais fácil de aceitar e concordar, sem reparos.

Com efeito, se a maioria sempre tivesse razão, todos os países de regime presidencialista, teriam os melhores presidentes para o povo, pois é ele, pela maioria, quem os elege. E na maioria das vezes, erra. Para citar só um exemplo, analise-se o caso de George W. Bush, Presidente dos Estados Unidos, cujo mandato, felizmente, terminará em 2008. Dá para dizer que o povo acertou na escolha? E o pior é que essa maioria burra elegeu o Bush duas vezes. Vale dizer: cometaram o mesmo erro duas vezes. Hoje, nem os próprios republicanos se atrevem a dizer que Bush fez um bom governo.

Isto posto, vamos ao que interessa:

Em síntese, a teoria do aquecimento global, apregoada e defendida por Al Gore, ex-Vice-Presidente dos Estados Unidos na Administração Bill Clinton, Prêmio Nobel da Paz em 2007, pelo desenvolvimento e divulgação dessa teoria, enfatiza o efeito estufa, provocado pelo excessiva quantidade de dióxido de carbono (CO2) expelida para a atmosfera, destruindo a camada de ozônio, permitindo a penetração dos raios UV e ondas de calor cada vez maiores e cumulativas que, retidas, causam o aquecimento global, com conseqüências catastróficas para a humanidade (alterações climáticas, derretimento das geleiras polares, inundações pela subida do nível dos oceanos, etc).

"Com o aquecimento global, as áreas tropicais do planeta, certamente, serão as mais afetadas. Nestas áreas predomina a agricultura de subsistência que supre as necessidades alimentares de milhões de famílias. Entretanto, como explica Myers (LEGGETT, 1992, p.362), “o maior agente do desmatamento das florestas tropicais é o lavrador itinerante”, que, expulso de suas terras agrícolas tradicionais, dirige-se para as áreas florestadas, ainda não ocupadas, gerando ações impactantes ao meio ambiente (Climatologia e Estudos da Paisagem - Rio Claro - Vol. 2 n.1 - janeiro/ junho/2007, p. 14)."

Como se viu, não só os ambientalistas, biólogos e cientistas, mas todos, ou seja, a maioria, "já conhece ou pensa conhecer as causas e efeitos do aquecimento global" (olha a "maioria" aí de novo!).

Agora, vejamos o que é e o que diz a "Teoria de Gaia": Primeiramente, vamos ao nome. Por que "Gaia"? Este nome foi escolhido em homenagem à deusa grega, "Gaia", que siginificava Mãe Terra. Então, "Gaia", significa "Terra", o planeta em que vivemos. Esta teoria foi desenvolvida pelo biólogo inglês James Lovelock, na década 1960/1970, trabalhando para a NASA, em pesquisas sobre a existência de vida em Marte e Vênus (veja o endereço da sua home page na barra lateral do meu blog, o Debata, Desvende e Divulgue! ).

Não constatando vida naqueles planetas, redirecionou suas pesquisas, comparando-as com o planeta Terra, concluindo que alguns componentes de gases aqui existentes, mas não existentes em Marte e Vênus ou existentes em quantidades bastante diferentes eram o que permitiam a vida na Terra e, mais que isso, tornavam-na um "organismo vivo". Inseriu a idéia de que cada componente da Terra funciona de forma interligada. As plantas e animais fazem parte do mesmo conjunto, de uma mesma unidade funcional. Por sua vez, este conjunto é parte integrante de um conjunto maior - o próprio planeta Terra - Gaia, um imenso organismo vivo e auto-regulador (James Lovelock - The Gaia Theory -1970).

Essa é a sínteses da Teoria de Gaia, apresentada em 1972 à comunidade científica - A Terra é um ser vivo que se auto-regula. Como decorrência, afirma que as variações climáticas sempre existiram, com períodos de picos de calor (aquecimento global) e de frio(resfriamento global) como resultante da atividade solar e da órbita e rotação do Planeta. Afirma também que isso ocorre dentro de uma faixa máxima e mínima em que esse organismo, Gaia, sobrevive, se auto-regulando, como forma de defesa. Concorda que, no momento, estamos num ciclo de aquecimento global, mas coloca em xeque que isso tenha como conseqüência principal a excessiva emissão de CO2na atmosfera, porque Gaia seria capaz de neutralizar isso. Comprova estatística e historicamente que esses ciclos já existiram antes e que Gaia se auto-regulou, como forma de sobrevivência. O que é colocado em xeque e de fato preocupa é o "período de duração desses ciclos, que tem diminuído consideravelmente, ao longo dos 3,8 bilhões de anos de existência do planeta". E aponta outras causas, todas decorrentes da interferência da ação do homem sobre o meio ambiente (atividades agrícolas, desmatamentos, queimadas, desertificação provocada, poluição de oceanos, etc)

Infere-se, pois, da sua teoria, que a Terra ou Gaia, como prefere chamar, ainda está em estado de homeóstase(*), tendo reservas de sobrevivência, autodefesa e adaptação, produzindo suas alças de retroalimentação. O que é necessário definir é tão-somente até quando ela conseguirá manter este estado.

Aí está posto o que consegui depreender, não sei se certa ou erradamente. Vale ressaltar, porém, que a comunidade científica está dividida em relação a aceitar que a Terra seja um organismo vivo, porque "não teria a capacidade de se reproduzir", qualidade inerente aos seres vivos. Também há relutância quanto a ela estar em estado de homeóstase. Lovelock rebate exemplificando com a reprodução assexuada, outras formas de auto-reprodução e até com "formas de reprodução desconhecidas" e a não absoluta certeza do conhecimento de todas as formas de funcionamento dessa característica dos seres vivos. Está formada a confusão. Mesmo assim, já se propôs que essa teoria passasse a ser ensinada didaticamente nas universidades, como parte da Biologia, mas aqui também houve resistências. A despeito disso, algumas escolas americanas incluíram a teoria como parte dos estudos na cadeira de Biologia.

Contra o aquecimento global, contrapõe-se a falta de cientificismo e possíveis interesses políticos e econômicos das nações mais desenvolvidas, para impedir que países dominados e os em desenvolvimento alcancem o mesmo estágio que os desenvolvidos. Coloca-se sob suspeição a credibilidade dos relatórios do IPCC, possivelmente tendenciosos, publicando uma "pseudo verdade fabricada sob encomenda". Mas isso não tem impedido que a teoria do aquecimento global ganhe força, já que pouquíssimas pessoas conhecem esses pormenores que, aliás, nem são divulgados.

O certo é que, em relação à Teoria do Aquecimento Global, a Teoria de Gaia, embora mais embasada científicamente e menos catastrófica, está em desvantagem no quesito aceitação. Mas não se pode esquecer que ambas ainda são teorias e, como tal, precisam ser comprovadas.

E aí, será que neste caso, a "maioria", apoiando o aquecimento global, está com a razão? Ou será a minoria, que defende a Teoria de Gaia? Ou ninguém ainda sabe a verdade?

Está lançado o debate!

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(*) - Homeóstase (definição dicionarizada): (do grego homeostasis). S.f. 1 Fisiol. Tendência à estabilidade do meio interno do organismo. 2. Cibern. Propriedade auto-reguladora de um sistema ou organismo que permite manter o estado de equilíbrio de suas variáveis essenciais ou de seu meio-ambiente (V. retroalimentação).

Fontes: Filme : Uma Verdade Inconveniente (2006); Site: James Lovelock Home Page; coletânea de assuntos em sites diversos (2007 - internet)

Bibliografia:

Uma Verdade Inconveniente - Al Gore - Manole, 2006, 328 pág.;The Revenge of Gaia - James Lovelock, 176 pag. - Basic Books, 2006 (July,3); The Ages of Gaia - James Lovelock, 305 pag - W.W.-Norton, New York, 1988; A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. CAPRA, F - S. Paulo, Cultrix, 2000; Almanaque Abril 2000 - Mundo - S. Paulo, Abril Cultural, 2000; Como o aquecimento global vai afetar o Brasil - ARINI, J. - Época, Rio de Janeiro, Ciência & Tecnologia. Meio Ambiente, 02/04/2007.


Ivo S G Reis



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Publicado em 27/12/2007 às 09h57
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sábado, 9 de fevereiro de 2008

LHC - A Futura Máquina do Tempo?

Estamos iniciando com este artigo uma nova categoria no blog: Futurologia.

Não! Não é nenhuma tentativa aloprada de prever o futuro ou de fazer previsões esotéricas. Iremos comentar notícias vindas de publicações científicas sobre pesquisas ou teorias que poderão mudar o presente e construírem o futuro da humanidade.

Iniciaremos falando do LHC (Large Hadron Collider), o maior acelerador de partículas do mundo, que está previsto para entrar em operação em Maio deste ano. O assunto envolve Física Quântica e é por demais complexo até para esse articulista, portanto, tentarei "traduzir" de um modo que possa ser inteligível para a maioria.

Tudo tem início na Física e Química básicas. Primeiro se descobriu a molécula e se achava que essa era a menor parte da matéria, mas logo a seguir vieram os átomos que constituiam as moléculas. Quando foram descobertos os componentes do átomo (prótons, neutrons e elétrons) se abriu caminho para o desenvolvimento da Energia Nuclear mas a seguir foram descobertas 16 partículas subatômicas tais como quarks, léptons, férmions, bósons, hádrons..., sendo que dessas 12 são partículas de matéria e 4 portadoras de força.

O problema é que, se consideradas individualmente, nenhuma dessas partículas tem massa! Ou seja, somos constituídos por partículas "imateriais". A finalidade primária do LHC é a de identificar o chamado Bóson de Higgs, partícula fundamental que explicaria como todas essa "sopa" de partículas imateriais e energia se expressa na matéria que conhecemos e podemos identificar com os nossos sentidos.

Deixando de lado explicações complexas de Mecânica Quântica, o LHC pode estar iniciando uma nova era de descobertas científicas para os próximos anos. Até o momento se vem pesquisando a transformação de matéria em energia e o LHC pode abrir o caminho para uma verdadeira revolução na humanidade: a pesquisa da transformação de energia em matéria!

Já pesquisadores da Universidade de Madison (Wisconsin) e da Universidade de Berkeley (Califórnia) dizem que a descoberta de uma nova classe de partículas, identificadas por suas assinaturas, poderiam indicar a forma de novas dimensões, conforme previsto na Teoria das Cordas, abrindo o caminho para outras dimensões do Universo, além das 4 conhecidas (tempo e espaço tridimensional).

Mas essas nem são as notícias mais bombásticas sobre o LHC. Dois matemáticos russos, Irina Aref'eva e Igor Volovich, em entrevista ao Telegraph, sugerem a possibilidade do acelerador se tornar a primeira Máquina do Tempo!

A possibilidade de viagens no tempo foi sugerida por Kurt Gödel, colega de Albert Einstein, usando a Teoria da Relatividade e da curvatura do espaçotempo. Embora extremamente teórica, a possibilidade pode ter o início de sua comprovação através dos resultados do LHC, conforme os cientistas russos.

Sejam quais forem as possibilidades, esperamos que os mais de 2.000 físicos de 34 países, bem como as centenas de Universidades e Laboratórios participantes do projeto direcionem as pesquisas de um modo prático e de utilidade para o ser humano. As pesquisas de transformação de energia em matéria, por exemplo, seriam um salto sem precedentes na tecnologia e na vida do Homem, tornando realidade o que só era possivel em filmes de ficção científica.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Orkut - Uma Armadilha Muito Perigosa!

Quando o turco Orkut Büyükkokten, engenheiro chefe do Google, criou o Orkut em janeiro de 2004 não devia prever que em poucos anos a chamada "rede social" poderia se transformar num dos maiores perigos da Internet para usuários no... Brasil!

Internautas brasileiros já perfazem 55% dos usuários do Orkut, seguidos por indianos e americanos (desses, muitos também devem ser brasileiros que vivem nos EUA). Segundo os dados demográficos encontrados no site, são esses os números:

Países
Brasil >> 54,96%
Índia >> 16,64%
Estados Unidos >>14,75%


Quanto à faixa etária, 3/4 dos usuários tem menos de 30 anos de idade. Não se tem noção de quantas crianças e adolescentes utilizam o serviço uma vez que o Orkut só permite a entrada de "maiores de 18 anos", mas, como não pedem RG nem CPF... Quem não tem um filho ou filha de 13 anos com perfil no Orkut?

Idade
18-25 >> 61,72%
26-30 >> 11,72%
31-35 >> 5,44%
36-40 >> 3,28%
41-50 >> 3,38%
50+ >> 2,54%


Nem vamos detalhar nesse artigo todos os tipos de vírus que circulam por lá, pois são facilmente encontrados apenas se pesquisando ou no Google. De todos sem dúvida os mais lesivos são os "bankers", trojans que furtam senhas de bancos e que podem deixar o usuário infectado com a conta zerada!

Nossa intenção é alertar os usuários para perigos muito mais reais. Assim como as crianças, a grande massa de novos usuários da Internet não tem noção do que pode haver por trás de uma telinha colorida e atraente. Muitos consideram que tudo que fazem na web é "apagado" quando desligam o PC. É fácil achar no Orkut perfis com informações pessoais à vontade, fotos de filhos, amigos e parentes, fotos de carros e motos mostrando placas, fotos de residências, enfim, tudo que um criminoso precisa para organizar um sequestro real ou, pelo menos, um desses golpes de sequestro por telefone.

Voce está achando que sou paranóico e anti-Orkut?

Já ouviram falar nas facções criminosas cariocas CV (Comando Vermelho) e ADA (Amigos Dos Amigos)? Pois bem, pesquisem esses termos nos perfis do Orkut. Aqui está uma pequena amostra:

ATENÇÃO: NÃO CLIQUEM NOS LINKS!!!

danilo CV RL. tudo nosso. teresopolis rj, rio de janeiroBrasil
quem sou eu: CV nao fala ~> da o papo CV nao sai juntO ~> fexa CV nao xama ~> convoca CV nao aparece ~> brota CV nao é
1 recados

fiel pcc. cv da morte, rjBrasil
quem sou eu: CV nao fala ~> da o papo CV nao sai juntO ~> fexa CV nao xama ~> convoca CV nao aparece ~> brota CV nao é
83 recados

cano furado c.v r.l rj, sgBrasil
quem sou eu: [red]SE LIGA NO PAPO ipuca TA PESADAÕ AQUI NO BONDE DA 45 OS MULEK TA PESADÃO SE BLAZER TENTA INVADIR A CHAPA FIK QUENTE EU VOU FALA

tucano A.D.A boladao so fexa com a.d.a vitoria, esBrasil
quem sou eu: A.D.A é um luxo, c.v é um lixo, A.D.A é uma empresa, c.v é uma pobreza, A.D.A não para de ganhar fama, c.v não,
423 recados


mc mazinho e agente porra!!!!!!! A.D.A pinheiro, rjBrasil
quem sou eu: [RED] O A.D.A nao fala ~> da o papo O A.D.A nao sai juntO ~> fexa O A.D.A nao xama ~> convoca O A.D.A nao
216 recados


kem e contra mim se revele porra sou A.D.A lasvegas, SPBrasil
quem sou eu: O A.D.A nao sai juntO ~> fexa O A.D.A nao xama ~> convoca O A.D.A nao aparece ~> brota O A.D.A nao é moda ~> é
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Voces acham que essa bandidagem toda está no Orkut para "fazer amigos"?

Conheço muitas pessoas de bem, jovens e idosos, que nunca iriam a um baile funk em uma favela carioca. Por que então frequentam um site de relacionamentos que abriga o mesmo tipo de gente? Só posso encontrar uma resposta: ingenuidade! A mesma ingenuidade que faz milhares de vítimas de criminosos todo dia, pelo Brasil todo, nas ruas.

Encontrei interessante mensagem do Prof. Marco André Vizzortti, da USP, no Jornal Popular, a qual transcreverei aqui, na íntegra, como uma forma de demonstrar como muitos internautas se arriscam desnecessariamente:

O ORKUT apareceu como uma forma de reaver amigos, saber notícias de quem estava distante e mandar recados, e hoje esta sendo utilizado com o propósito para que, creio, o seu maior trunfo, obtenção de informações sobre uma classe privilegiada da população brasileira.

Por que será que só no Brasil teve a repercussão que teve?
Outras culturas hesitam em participar sua vida e dados de intimidade, de forma tão irresponsável e leviana.


Foi por acaso você já recebeu um telefonema que informava que seus filhos estavam sendo seqüestrados?
Sua mãe idosa já foi seguida por uma quadrilha de malandros?
Já te abordaram num barzinho dizendo que te conheciam faz tempo?
Já foi pra festas armadas para reencontrar os amigos de 30 anos atrás e não viu ninguém?


Pois é. Tá tudo lá. No ORKUT.

Com cinco minutos de navegação eu sei que você tem dois filhos, tem um namorado , estuda no colégio tal, freqüenta cinemas.
E o melhor de tudo, com uma foto na mão, identifico seu rosto em meio a multidões, na porta do seu trabalho, no meio da rua.
Afinal, já sei onde você esta. É só ler os seus recadinhos.


Faço um pedido:
quem quiser se expor assim, faça-o de forma consciente e depois não lamente, nem se desespere, caso seja vítima de uma armação, mas poupe seus filhos, poupe sua vida Íntima.
O bandido te ligou pra te extorquir dinheiro também porque você deixou.
A foto dos meninos estava lá. Teu local de trabalho tava lá.
A foto no hotel 5 estrelas na praia tava lá.
A foto da moto que esta na garagem estava lá.


Realmente, somos um povo muito inocente e deslumbrado.
Por enquanto, temos ouvido falar de ameaças a crianças e idosos.
Até que um dia a ameaça será fato real. Tarde demais.


Se você me entendeu, Ótimo!
Reveja sua participação no ORKUT ou ao menos suprima as fotos e imagens de seus filhos menores e parentes que não merecem passar por situações de risco que você os coloca.


Se acha que não tenho razão, deve se achar invulnerável.
Informo que pessoas muito próximas a mim e queridas, já passaram por dramas gratuitos, sem perceber que foram vítimas da própria imprudência.
A falta de malícia para a vida nos induz a correr riscos desnecessários.


Não só de Orkut vive a maioria dos internautas .
Temos uma infinidade de portas abertas e que por um descuido colocamos uma informação que pode nos prejudicar.
Não conhecemos a pessoa ou as pessoas que estão do outro lado da rede.
O papo pode ser muito bom, legal.
Mas disponibilizar informações a nosso respeito pode se tornar perigoso ou desagradável.
Portanto cuidado ao colocar certas informações na Internet.


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Aquecimento Global ou Guerra de Interesses? (Parte IV)

Abordaremos nesta 4ª parte da série as alterações na camada de Ozônio da Terra, demonstrando os fatos, dados, mentiras e incongruências que dizem respeito a esse e todos os demais assuntos relacionados às mudanças climáticas no planeta. Como sempre fazemos no Projeto S.I.L.I., as argumentações e questões serão baseadas em fontes científicas e não em opiniões apenas. Infelizmente, muito do material pesquisado na web se encontra em inglês uma vez que dificilmente se encontra algo fidedigno, não direcionado e apoiado em dados e referências nas páginas em português.

1. A CAMADA DE OZÔNIO

O Ozônio é um gás instável composto por 3 átomos de Oxigênio (O3). Devido à sua instabilidade, facilmente se decompõe em Oxigênio gasoso (O2) e o chamado de Oxigênio nascente ou Oxigênio atômico (O) que é extremamente oxidante e letal para os seres vivos.

As reações fotoquímicas são:

Hv + O2 > O + O

O + O2 > O3

Hv + O3 > O2 + O

Assim, a radiação ultra-violeta (Hv) é consumida no processo. O Ozônio formado não é propriamente o "protetor" contra os raios UV e sim um produto de uma reação fotoquímica.

graphic by NOAA
90% do Ozônio se forma na Estratosfera, região da Atmosfera compreendida entre 10 e 50 Km de altura. É aí que se situa a Camada de Ozônio, com variações de concentrações de acordo com a altura. 10% do Ozônio na Atmosfera se situa na Troposfera, a camada mais baixa.

Como a formação da Camada de Ozônio depende diretamente da incidência dos raios UV, seria esperado que sua concentração fosse maior no equador e menor nos pólos. Do mesmo modo, deveria ser maior no verão que no inverno. No entanto, o que foi observado é que a concentração aumenta em médias e altas latitudes nos Hemisférios Norte e Sul. Também foi observado o aumento dos níveis de Ozônio na Primavera e uma diminuição no Outono. Este comportamento se deve a processos altamente complexos que incluem a circulação de ventos na alta Atmosfera e até mesmo a atividade solar.

Gordon Dobson , cientista britânico, propôs o modelo ao lado de circulação atmosférica que levaria maiores concentrações de Ozônio para as latitude de 60°N e 60°S. Em homenagem a ele foi chamada de Unidade Dobson a medida da quantidade total de Ozônio em uma coluna vertical.

Porém, como existem vários parâmetros envolvidos nas variações do Ozônio atmosférico, esse modelo, apesar de baseado em dados obtidos por Dobson através de estações espalhadas pelo globo, ainda carecem de maior série histórica e revisão dos dados. Quase tudo que se refere à Camada de Ozônio ainda é relativamente novo e com estudos muito concentrados em uma única instituição britânica, a British Antarctic Survey, referida na Parte III.

2. HISTÓRICO

A camada de Ozônio foi descoberta em 1913 pelos físicos franceses Charles Fabry e Henri Buisson . Dramáticas perdas de ozônio na baixa Estratosfera sobre a Antártida foram pela primeira vez noticiadas pela equipe de pesquisadores do British Antarctic Survey (BAS) nos anos 70, porém as primeiras medições apenas foram realizadas em 1985 pela mesma instituição. Cerca de 1 ano após começaram a circular informações sobre a influência dos compostos clorofluorocarbonados (CFCs) na destruição da camada de Ozônio.

Os CFCs são compostos orgânicos sendo o mais famoso deles o Freon (tricloro trifluor etano) que era largamente usado como gás refrigerante em geladeiras e ar-condicionados, além de sprays diversos. Outros compostos clorados e bromados também reagem com o ozônio.

A descoberta da reatividade dos CFCs com o ozônio se deu em laboratório, não existindo nos estudos encontrados na Internet qualquer medição ou constatação da presença de tais compostos sobre a Antártida.

3. O "BURACO" NA CAMADA DE OZÔNIO

A maioria das pesquisas, até agora, sobre alterações na camada de Ozônio se concentram sobre a Antártida, apesar de já haver sido detectado "buraco" semelhante sobre o Ártico. A NASA lançou em Julho de 1996 a sonda TOMS (Total Ozone Mapping Spectrometer) que monitoraria as alterações no Ozônio dos pólos, porém, desde Dezembro de 1998 são reportados defeitos vários na TOMS. Em Dezembro de 2006 o contato com a sonda foi perdido e esta deixou de ser funcional, mesmo depois de diversas correções nos instrumentos de medidas e de navegação. Apesar da NASA considerar um sucesso a missão, as frequentes necessidades de recalibração de instrumentos e de correção de dados mostram que a TOMS não pode ser considerada como uma fonte de dados fidedignos.

Em Julho de 2004 a NASA lançou a nave AURA que, entre outros instrumentos, carrega o OMI (Ozone Monitoring Instrument) que irá substituir o TOMS nas medições.

4. A FARSA!

Pelo que já foi demonstrado aqui, algumas conclusões já podemos tirar:

1) Os estudos e mensurações sobre a camada de ozônio ainda são extremamente recentes em relação a escala planetária;

2) Os dados colhidos em pouco mais de 10 anos pela TOMS são por demais imprecisos, haja vista a série de defeitos apresentados;

3) A presença de CFCs e outros "destruidores" da camada de Ozônio nunca foi detectada sobre a Antártida;

4) Mesmo após o banimento dos CFCs, o "buraco" vem mantendo o mesmo comportamento sazonal e irregular, ano após ano, demonstrando que não havia qualquer relação entre eles.

Para finalizar de modo incontestável, uma vez que não possuo formação acadêmica em Climatologia, transcreverei partes de um artigo do Prof. Luiz Carlos Baldicero Molion - Phd do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal de Alagoas, uma gratíssima surpresa encontrada na web, onde pesquisadores brasileiros (raros) sobre o assunto se limitam a repetir dogmas da mídia.

"Em primeiro lugar, gostaria de alertá-lo para não acreditar em tudo que é publicado por organizações pertencentes a ONU, pois, muitas vezes, tais ações e orientações têm o objetivo de fazer com que países de primeiro mundo continuem a manter sua hegemonia, em termos econômicos e tecnológicos."

"A verdade é que não há evidências científicas de que a camada de ozônio na estratosfera esteja sendo destruída pelos compostos de clorofluorcarbono (CFCs), que são gases utilizados em refrigeração (geladeira, ar condicionado), como Freon 11 e Freon 12 da Du Pont. O que ocorreu foi que, como os CFCs se tornaram de domínio público e já não podiam ser cobrados direitos de propriedade ("royalties") sobre sua fabricação, as indústrias, que controlam a produção dos substitutos (ICI,Du Pont, Atochem, Hoechst, Allied Chemicals), convenceram "certos" governos de países de primeiro mundo (começou com Sra. Margareth Tatcher, Ministra da Inglaterra) a darem apoio para a "a farsa da destruição da camada de ozônio e do aumento do buraco de ozônio na Antártica" pois, agora, os seus substitutos recebem "royalties"

"O Freon 12, por exemplo, custava US$1,70/kg e seu substituto R-134 custa quase US$20,00/kg. Como essas 5 indústrias têm suas matrizes em países de primeiro mundo e pagam impostos lá, não fica difícil de se concluir para onde vai nosso dinheiro e de quem é o interesse de sustentar uma idéia, ou hipótese tão absurda como essa da destruição da camada de ozônio pelo homem."


Creio que só isto já basta para demonstrar a farsa montada por britânicos e seus aliados. O artigo do Prof. Molion não se baseia em opiniões infundadas e sim em conhecimento derivado de pesquisas e análise de dados por quem dedica a vida ao estudo sério do clima no planeta. É artigo para ser lido e relido, repassado por email e reproduzido por verdadeiros ambientalistas em sites, fóruns e blogs. Repito o link:

http://br.geocities.com/zuritageo/cfc.htm

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Uso da Energia Nuclear - Não Seria Hora de Reavaliar Conceitos?

O artigo abaixo foi por mim publicado originalmente no blog " Debata, Desvende e Divulgue! " e é aqui republicado em atendimento ao honroso convite feito pelo administrador deste blog. Segue a íntegra do texto:

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Publicado por Ivo S. G. Reis em Janeiro 7, 2008 em Filosofia, Ecologia, Meio ambiente, Atualidades, Tecnologia Editar
Este artigo foi motivado pelo debate gerado na matéria ” Teoria de Gaia x Aquecimento Global - Quem Está com a Razão? “, quando verifiquei que as opiniões se dividiram em relação ao assunto “uso da energia nuclear - sim ou não?”. O cerne da questão lá era descobrir o que era verdade ou inverdade nas duas teorias e tentar encontrar um meio termo sobre o que deveria ser aceito e quais as providências recomendáveis para minimizar ou abortar a continuidade das causas do efeito estufa.

Daí, surgiu a questão da energia nuclear, que requer um outro debate, em separado.

Longe de mim querer dar aqui o voto de Minerva, até porque também estou entre os debatedores. Minha intenção é pôr mais lenha na fogueira e […]
estender essa discussão, tão importante para a compreensão desse assunto controverso - o uso ou não uso da energia nuclear.

Outrora, na década de 1980 e até a metade da década de 1990, fui completamente contrário ao uso da energia nuclear, por questões de falta de segurança e pelo elevado custo da sua implantação, principalmente em países de economia frágil como a que tínhamos.

Hoje, porém, revi meus conceitos e, salvo erro de raciocínio ou avaliação, vi que uso da energia nuclear volta a ser a opção mais viável, não só economicamente, mas também por ser a que menos agressão causa ao meio ambiente. E por que isso? Porque a tecnologia em relação ao barateamento de custos e segurança se aperfeiçoou e o quadro é outro, bem diferente dos desastres de Chernobil e Three Mile Islands, como bem acentuou o nosso colega Yan Kavasi, com quem concordo.

Mas em respeito ao abalisado conhecimento dos ambientalistas Maurício Gomide e Antídio Teixeira que parecem ter boas razões para ser contra o uso da energia nuclear, resolvi colocar o assunto em debate, esperando que outras pessoas venham a dar suas opiniões.

Um dos fatores que me encorajaram a defender a posição favorável ao uso da energia nuclear foi a posição de mesmo sentido assumida pelo cientista ambientalista James Lovelock, autor da “Teoria de Gaia” e pelo escritor naturalista mundialmente conhecido Bruno Comby, autor de 8 bestsellers e bastante respeitado. Seu livro “Ambientalistas a Favor da Energia Nuclear“, com introdução do não menos respeitado James Lovelock, Doutor “Honoris Causa” em várias universidades, foi, no ano de 2007, a pá de cal sobre as minhas antigas convicções, dos idos de 1990.

Arrisquei-me a traduzir para vocês, abaixo, uma página da internet que referencia o livro e a introdução de James Lovelock:

"Books
Bruno Comby is a world famous author on lifestyle and natural health, author of 8 bestsellers presented below.(cortei a apresentação dos 7 outros bestsellers)

Ambientalistas a favor da energia nuclear

Combustíveis fósseis, como o carvão, o petróleo e o gás, poluem maciçamente a atmosfera da Terra (CO, CO 2,SOX, NOX…), provocando chuvas ácidas e modificando o clima global através do aumento do efeito de estufa, ao passo que a energia nuclear, comprovadamente,não provoca esse tipo de poluição e apresenta vantagens
ambientais.

Energias limpas renováveis (solar, eólica), não são capazes de produzir a quantidade de energia necessária para países em desenvolvimento e desenvolvidos. A energia nuclear é, de fato, a única fonte de energia limpa e segura, disponível para proteger o planeta durante o século XXI..

Este livro contém respostas essenciais sobre questões de segurança nuclear, o acidente de Chernobil, os problemas de saúde pública que a nossa sociedade tem de enfrentar, soluções viáveis para resíduos nucleares, os benefícios da energia nuclear limpa para o ambiente, bem como informações importantes sobre o futuro do nosso planeta. "

Eis aí a questão. Convém lembrar que ainda existem muitos preconceitos com relação ao uso da energia nuclear. O que precisamos saber, agora, é se esses preconceitos são justificados ou não. Por isso, esperamos o “feedback” dos nossos leitores. Opinem, mesmo que seja para dizer sou a favor ou contra. Os porquês, se não souberem fundamentar, omitam. É importante termos um conjunto de opiniões.

Para ajudar os possíveis debatedores a melhor entender a questão, anexei, mesmo depois de fechado o artigo, o vídeo abaixo, que ilustra a dificuldade de sobrevivência de nações pobres apenas com o uso de energias alternativas. Essas fontes de energias mal dão para suprir as pequenas necessidades individuais, teriam um custo elevadíssimo (maior do que com a energia nuclear, se utilizadas em grande escala) e não se prestam a alavancar o desenvolvimento de um país.
O vídeo corrobora o que foi dito neste artigo, no sentido de reafirmar que privar os países subdesenvolvidos da energia nuclear é um crime injustificável e que só aproveita às nações desenvolvidas. Vejam e tirem suas conclusões:

Este vídeo é parte de um documentário exibido pelo Canal 4 Britânico, sob o título “A Grande Farsa do Aquecimento Global” e foi separado por tratar do assunto que estamos abordando neste artigo. A coleção completa compõe-se de 10 vídeos. O curioso é que o documentário jamais foi exibido nos Estados Unidos, embora recente. Por que será?