quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Feminismo: evolução ou involução?


Percorrendo a net e visitando os lugares que normalmente visito, ao entrar no Jornal de Debates do IG (http://jornaldedebates.ig.com.br/index.aspx?tma_id=1528) deparei-me com o seguinte tema: Feminismo - da Casa de Bonecas à Casa Branca? Fiquei espantada ao ler os artigos publicados pelos usuários, a maioria mulheres, que ainda estão atreladas à ilusão vendida pelo feminismo há quase um século.

Muito se fala sobre o impacto do feminismo em nossa sociedade. Presenciamos hoje uma crescente onda de perda dos valores sociais. Qual a participação das mulheres nesse quadro?

Sempre acreditei piamente na necessidade de escolha da mulher entre trabalhar ou não, ter filhos ou não, se casar ou não. Sem dúvida muita coisa mudou nesse último século em relação às mulheres que hoje tem o direito de votar, escolher os próprios maridos, trabalhar, estudar, dentre tantos outros direitos.

O surgimento da pílula anticoncepcional trouxe à mulher uma situação antes inusitada: ter relações sexuais sem o risco de uma gravidez indesejada. Estava proclamada a independência sexual da mulher.Desde então a escalada na rampa da igualdade com os homens foi constante. Mas qual foi realmente o ganho da mulher em todo esse processo?

De certo que a mulher hoje pode optar entre qual a vida que pretende ter não ficando mais atrelada à vontade dos pais ou de seus maridos. Mas outras tantas mulheres hoje vivem atreladas à necessidade de trabalhar para complementar o orçamento doméstico, situação que foi indiretamente criada pela entrada da mulher no mercado de trabalho. Com a entrada da mulher no mercado de trabalho, houve a depreciação dos salários já existentes. Uma vez entrando uma massa de mulheres ávidas em trabalhar, aceitando salários muito mais baixos do que os pagos ao homem, o mercado naturalmente nivelou os salários por baixo. Resumindo, hoje em dia a mulher obrigatoriamente deve trabalhar, mesmo que seja casada, eis que o salário de seu companheiro raramente será suficiente para manutenção de uma vida confortável.

Outro ponto negativo foi o acúmulo de tarefas pelas mulheres. As feministas lutaram tanto pela liberação e igualdade de direitos e se esqueceram de exigir também a igualdade de deveres. Qual o resultado? Vemos mulheres hoje em jornada tripla: casa, trabalho, filhos. Por mais que a sociedade tenha mudado, a mulher mais acumulou tarefas do que qualquer outra coisa. Mesmo que a mulher que trabalhe fora tenha condições financeiras para contratar alguém que a ajude com o trabalho doméstico, esse alguém ainda será uma mulher. Resumindo: o trabalho doméstico continua sendo uma atribuição da mulher, mesmo que seja uma empregada doméstica.

Mais um ponto negativo dentre tantos positivos: a deterioração de valores da sociedade. A mulher moderna abriu mão de uma de suas funções mais importantes na sociedade: criação dos filhos e formação de seu caráter. Vivemos hoje em uma sociedade caótica, onde as mulheres não tem tempo de conviver com seus filhos tornando-se permissivas devido a culpa gerada pela ausência. O resultado dessa permissividade pode ser visto a olhos nús na nova geração de crianças: hiperativas, descontroladas, carentes, indisciplinadas.
Não sou contra a liberdade da mulher em fazer escolhas. Mas até que ponto hoje em dia trabalhar, se ausentar de casa, esperar até os 40 anos para optar pelo casamento e maternidade, é uma opção? Antes a mulher não tinha a opção de trabalhar e ganhar seu próprio dinheiro. Hoje, NÃO trabalhar também passou a não ser uma opção. Antigamente era inconcebível uma mulher não ter filhos. Hoje, a mulher apenas se liberta dos grilhões da necessidade de trabalhar (pois já fez seu pé de meia, já ajudou o marido a comprar a casa, etc) aos 40, quando já está imprestável para a maternidade.
Apesar de ser mulher, profissional independente, não posso deixar de reconhecer a culpa do feminismo na deterioração de valores que vemos na sociedade, gerada pela falta de preparo das gerações de crianças criadas por babás ou simplesmente entregues à própria sorte. Querendo se igualar ao sexo masculino a mulher se esqueceu que é fisica e psicologicamente diferente, e abriu mão de seu papel crucial na sociedade: formação do caráter das futuras gerações.

3 comentários:

Adília disse...

Voce talvez não seja contra a liberdade das mulheres, mas o que é com certeza é muito ignorante acerca da questão do feminismo que na sua opinião é o bode espiatório de tudo o que de mau acontece na sociedade. Na sua lógica ele representou uma involução, mas se assim foi porque é que continua a insistir que é a favor da liberdade das mulheres, quando só uma pessoa de má fé é que não sabe que foram os combates feministas travados em vários campos desde os fins do século XVIII que garantiram direitos que as nossas combativas avós não tinham nem sonhavam vir a ter, um deles foi o direito à educação, mas no seu caso a educação apenas serviu para que continuasse a ser "lacaia" do status quo, no femino. Desculpe lá, mas com mulheres como você nem precisamos de homens machistas. Provavelmente não vai publicar este comentário, mas veja se começa a usar a sua massa cinzenta que também a possui co m certeza.
O tom um pouco forte das minhas palavras deve-se ao facto de me parecer incrível que uma mulher que goza e usufrui de direitos que foram conseguidos graças às justas reivindicações levadas a cabo por feministas tenha a lata de as insultar.
Saudações feministas

FERNANDO LUIZ DE PÉRCIA GOMES disse...

Excelente o artigo postado antes do 1º comentário.
Observo, por oportuno, que as primeiras pílulas afetaram, também, a parte hormonal da mulher, causando seriíssimas consequências, tanto para as mulheres como seres humanos quanto para os seus descendentes.
Refiro-me às primeiras pílulas, sobre as quais a Ciência ainda não tinha nenhum controle - as primeiras pílulas utilizaram as mulheres como cobais.
Antes dessas 1ªs, houve a já tão esquecida Talidomida, que provocou, até a descoberta, o nascimento, infelizmente, de bebês com diversos problemas cerebrais e, tão logo isso foi detectado, foram recolhidas, mas o mal já estava feito.
Na Antiguidade os homens partiam para a guerra e deixavam as mulheres, porque por elas - se eles perdessem as guerras - seria garantida a descendência da raça.
O artigo está muito bem postado, muito bem colocado, não é contra o labor da mulher, mas é a favor de que ela não deixe os filhos (as) à mercê da própria sorte, entregues a terceiros, por melhor que sejam, mas jamais como as mães.
Por isso é que se proclama que a oração das mães pelos filhos, principalmente quando dormem, é a oração mais poderosa que existe.
As mulheres, também, com o excesso no labor, acabaram perdendo - e isso é ensinamento de ultraseminário do Silva Mind Control, de cientista mental, assim classificado no Rotary Club de Petrópolis - o enorme 6º sentido que possuíam e o seu enorme poder.
Mandavam muito mais que hoje.
Só como exemplo, quem acabou com o jogo oficial no Brasil foi a mulher do então Presidente Eurico Gaspar Dutra, após revelações de uma jovem amiga sua, que totalmente viciada, jogou tudo, inclusive o próprio corpo - e perdeu, ateando, logo após, fogo ao seu corpo e morrendo.
Dias depois estava fechado - e, ao meu ver, muito bem fechado - o jogo oficial no Brasil, devido à mulher do Presidente Dutra.
Gostaria de cumprimentar a autora do artigo, concordando com ele em gênero, número e grau.
Fernando Luiz de Pércia Gomes, Petrópolis, RJ.

flipgen disse...

a postagem de stella schiavotelo é incensurável.
eu fico surpreso com o q foi comentado por adília.