O protótipo é pequeno – a aeronave medirá menos que 15 cm de diâmetro – e será eficiente o suficiente para ser movido a baterias internas.
Roy disse que o design poderá ser utilizado, teoricamente, em escalas muitos maiores. Contudo, mesmo em miniatura, o protótipo terá várias formas de utilização. A mais óbvia das funções seria para fins de vigilância e navegação. “A aeronave pode ser remodelada para carregar uma câmera e ser controlada remotamente a grandes distâncias”, disse o professor.
Com as devidas modificações, Roy disse que seu disco voador poderá um dia voar através de outras atmosferas, além da terrestre, é claro. “A aeronave poderia ser um veículo ideal para a exploração de Titan, a sexta lua de Saturno, que tem alta densidade e baixa gravidade, por exemplo”, afirma Roy.
A Força Aérea americana e a Nasa já demonstraram interesse na aeronave e a universidade pretende conceder a licença para reprodução do aparelho.
“É um conceito novo e, se bem sucedido, será revolucionário”, disse o professor.
O veículo será movido por um fenômeno chamado magnetohidrodinâmica que é a força criada quando um fluido condutor atravessa uma corrente ou campo magnético. No caso do disco voador de Roy, o líquido condutor será criado por eletrodos que cobrirá a superfície da aeronave, ionizando o ar à sua volta em plasma.
A força criada passando uma corrente elétrica através desse plasma ionizado, empurra o ar à volta do artefato, e a corrente de ar em giro o levanta e provê estabilidade contra as rajadas de vento. Para maximizar a área de contato entre o ar e a aeronave, o design de Roy é oco e curvado, como uma frigideira eletromagnética.
Um dos aspectos mais revolucionários do uso da magnetohidrodinamica no projeto é que o veículo não terá partes móveis. Segundo Roy, a ausência de partes aeromecânicas tradicionais, tais como propulsores ou motores a jato, dará uma tremenda confiabilidade ao projeto. Este design fará com que o WEAV, nome dado ao veículo, possa planar ou subir verticalmente.
Apesar do protótipo ser promissor no papel, existem alguns obstáculos entre a planta e a decolagem.
Até hoje nenhuma aeronave movida a plasma teve sucesso em ser lançada da Terra. Esse tipo de projeto tem algum sucesso no espaço, onde a gravidade é mínima, mas um veículo que pretenda voar na atmosfera terrestre precisará ao menos de um sistema de lançamento.
Além disso, a fonte de força precisará ser extremamente leve e ainda assim produzir força suficiente para gerar a quantidade de plasma necessária. Isso sem mencionar o fato que o mesmo plasma que fará a aeronave voar interferirá com as ondas eletromagnéticas necessárias para a comunicação com o veículo.
Mas o professor está confiante de que a natureza revolucionária do seu projeto permitirá que as barreiras tecnológicas sejam superadas, não se importando com os riscos de um eventual fracasso.
“É claro que o risco é enorme, mas a recompensa também é”, disse Roy. “ Se bem sucedido, teremos uma aeronave, um disco, e um helicóptero tudo em apenas um projeto”.
A produção do disco voador será um projeto conjunto dos departamentos de engenharia aeroespacial e engenharia elétrica e computação, ambos da Universidade da Flórida.